Mais uma vez ando insegura, muito insegura e com medo.
Tenho tanto medo de ouvir o que não quero que nem tenho coragem de perguntar aquilo que me atormenta constantemente.
Tenho tanto medo de perguntar o que sentes por mim, o que esperas de nós, de ti, de mim... e ouvir o que não quero.
Tenho medo de também te fazer perceber, clarificar o que sentes, que desse modo concluas que não dá para continuar, para seres coerente com o que sentes...
E por ter medo de perguntar, tento obter a resposta analisando tudo o que fazes, ou não fazes, como ages, como reages a tudo... E estou a sentir-me ridícula! O meu humor é inconstante e dependente daquilo que fazes.
Se me convidas para te acompanhar num acontecimento importante para ti, fico nas nuvens, se respondes mais bruscamente a uma mensagem minha fico de rastos e a pensar que já não gostas de mim. Se me dás uma boa noite com um “tchau” e não me abraças fico a pensar que não me queres perto de ti (estive quase para te acordar a meio da noite para perguntar-te o que se passava), se me telefonas de manhã só para dar um beijinho já fico com um sorriso de orelha a orelha... A medida que escrevo isto sinto-me tão ridícula...
Avalio e analiso tudo o que fazes e tento perceber o que sentes... Só para não to perguntar, pensando apenas que estás ainda um pouco confuso e dando-te tempo para evoluires com calma, muita calma... Para não te “obrigar” a perceber que não me amas e por isso terminar tudo... Tenho medo de dizer que te amo, que adoro estar perto de ti, que me sinto bem contigo, porque tenho medo que fujas de mim por não sentires o mesmo, com a mesma intensidade, e não achares justo continuar assim...
Tenho medo que te assustes com a minha entrega...
E agora, nestes 3 dias que estás fora e praticamente incontactável, tens respondido às minhas sms despachando-me, fico com a sensação que me respondes só porque achas que deves fazê-lo, não porque tens saudades... Claro que já ando a pensar o pior, apesar de me dizer para ter calma e não extrapolar as coisas, talvez não queira dizer tanto como penso...
Não sei o que faça, tenho que falar mesmo contigo, saber o que sentes, como estás... Se me quiseres estarei ao teu lado, se não me quiseres não posso fazer mais, não posso ser diferente, não consigo e principalmente não quero, eu sou assim, nem mais nem menos...
Sinto que é contigo que eu quero ficar, quero ajudar-te a entregares-te de novo ao amor, sem medo, partilhar a vida contigo... Mas se não gostas de mim, se não me quiseres ao teu lado, que posso eu fazer?
Não consigo perceber se me queres ou não... Apresentas-me aos teus amigos, queres que vá contigo quando os visitas, falas em passar fins-de-semana com eles. Mas já não falas tanto em nós, já deixaste de ser tão cavalheiro, já não procuras a minha mão, ou me abraças, ou me fazes um carinho, por tua iniciativa, mas apenas como resposta aos meus... Quando fico a noite na tua casa não sei se realmente o desejas, ou porque se tornou hábito e tens medo de me magoar dizendo-me que não queres...
Não sei se ainda não desististe porque não sabes o que sentes, ou porque estás a esforçar-te por me amares, ainda sem sucesso, penso eu, ou sei lá!, porque eu até sou uma querida e tu estás carente...
E assim ando, nesta inconstância, nesta fragilidade, ora estou muito bem-disposta, ora estou muito triste, choro por tudo e por nada... E só te posso ver amanhã à noite...